Antes que termine o ano sem posts no mês de Dezembro, deixo-vos uma relíquia das antigas. Na semana que temos entre nós o Monstro das Torradas, nada melhor que postar uma cópia de um artigo escrito só para ele.
Abraços fofinhos para todos,
Biscoso

Apenas alguns instantes decorridos e estamos em companhia desse grande senhor, Jardel! Sempre em grande forma. Silhueta atlética e a confiança dos grandes momentos, com felicidade estampada no rosto. Após a comoção inicial devida ao grande acontecimento que se aproximava, lá nos preparámos e colocámos em posição para dar início à função. E aí vem Jardel, acompanhado pela Moçoila (a música, não o objecto final da demanda).
O nervoso miudinho aumentava e chega a noiva, acompanhada de seu pai nessa derradeira viagem para os braços de seu escolhido. Bandolins à ilharga, acompanhada de piquenas e académicas pagens. E assim se iniciou a cerimónia. Que belas leituras, a convidar à introspecção dos presentes, e com grande impacto neste grupo de serenantes, sentados por trás do ambão. O salmo, brilhantemente intrepretado pelo Guru, com a sua capa traçada em homenagem ao grande Jardel.
Muitos foram os momentos de elevação, por entre o enaltecer do fogo do noivo e da fecundidade da noiva (he he... he... he... estas coisas bíblicas...). E após os votos, e porque “Não separe o homem o que Deus uniu.”, permaneceram os nossos noivos de mão dada por longos momentos.
Não esquecer o inspirado “Cordeiro de Deus”! A potência da pandeireta do Moikano que ecoava pelas naves! As vozes afinadas! O Jardel quase a tocar contrabaixo! E no final! A grande pergunta! Quatro palavras mágicas:
- Vão tocar o cordeiro?...
O que é que será que esta pergunta quer dizer? Desenganem-se os que pensaram que era resultado dos pregos do bandolim, que tornam qualquer música irreconhecível. Quer apenas dizer que a nossa versão é tão desconcertantemente nova que se eclipsa o original.
E embalados por tão belos cânticos, e sem dar por isso estávamos no final da cerimónia. Rápidamente, e em cunha, nos dirigimos para a entrada do templo onde estenderiamos as nossas capas em deferência aos recém-enforc... casados. Não sem antes organizar um “Porto de Honra”, transportado em providencial mala térmica, préviamente preparado pelos noivos para que todos pudessem, logo ali, brindar à sua felicidade. E brindar, e brindar, e alguns ainda, brindar novamente. Vá... e brindar. Não esquecer o FRA do GAS, feito de gás por este vosso servo (foi a emoção). Atenção à mala térmica... Existem ideias para a tornar num item standard GAS69... Já encontrei algumas de traço académico... Uma mala térmica de granadinhas...
Após tentarmos infrutíferamente emborrachar, ali mesmo, os nubentes, e tendo as gargantas em chama de com tanta alma cantar, descobrimos a Adega Regional Vitualha, onde toalhas eu não vi (peço desculpa, não resisti à chalaça). Enquanto no recinto se faziam as últimas despedidas, nós tratámos de malhar finos e rissolinhos como se não houvesse vida para além de uma cerveja em copo plástico. De repente, estava de novo na queima!
O tempo parou...
E assim, admirado e embasbacado, constatei:
Jardel deixa os estádios e recolhe a casa, que será sua e de quem guarda o seu coração.
Vivam os noivos!
PS - Não desapareças miúdo!
Ora bem, depois do repto lançado por um jovem um tanto ao quanto Biscoso, que para além de tentar tocar guitarra, tenta fazer umas cenas com umas facas e com as mãos(deve pensar que vai ter sorte com as gajas) aqui está mais uma extraordinária, fabulosa, vá ...... mediana crónica, de mais uma espectacular, divertida(para nós pelo menos) e sangrenta (perceberão mais tarde) actuação deste mui nobre Grupo Académico.
Passavam uns minutos da hora marcada, quando cheguei ao local de encontro, o café América, na esplanada desse belo café, estava já sentado o Moikano acompanhado de um jovem. Dada a hora e a sorte de nesse belo dia ter estado um calor do cara...ças, aquilo que nós queríamos era alguma distância das nossas belas capas, então decidi pousar as capas numa cadeira que por azar, só por azar, estava ao sol e aproveitar a bela sombra. Até que da minha direita vem um pedido Sui generis feito pelo Moikano, “por favor põe a minha capa na sombra, senão desbota”. Entretanto os restantes elementos começam a chegar, o jovem que estava ao lado do moikano achou que já estava a mais e qual Super-Homem qual quê entra no seu automóvel e transforma-se em Guru. Pelo meio o pessoal iria matando a sede, com água de cevada devidamente gaseificada e alguns mais panisgas com líquidos que enferrujam o corpo de um tuno, e a fome com um belos moletes ou panikes preparados com tanto amor e dedicação que demoravam sempre 10 minutos a chegar.
Depois de bem lanchados e já muito ligeiramente bebidos, lá fomos nós a caminho de Valadares, local da actuação IESF. Uma viagem calma e tranquila, afinal de contas ainda nem 20h eram e já se sabe que o Biscoso não gosta de velocidades, por isso demoramos quase 60 minutos a chegar ao local, enquanto o resto do pessoal já desesperava à nossa espera.
Chegados ao local deparamos com algumas donzelas na porta da entrada (viemos a saber que são da secretaria e escolhidas quase a dedo e bem escolhidas) e quase que era logo ali uma serenata (ou será que sonhei), o anfitrião – cunhado do cuequinha preta – encaminha-nos para uma zona perto do local da actuação, uma sala extraordinária, com uma acústica excelente, muito ar puro e onde vez enquanto sentimos um certo cheio a comida que nos abria o apetite. Lá estivemos a ensaiar(ou não) enquanto esperávamos o sinal do anfitrião para dar-mos inicio à actuação.
3..... 2.... 1...... GO GO GO GO
E lá fomos nós para o ‘palco’ sempre muito bem organizados, fez-se algum silêncio na sala e lá começamos nós com o Farol, logo aí notou-se que o GAS estava fortíssimo nessa tarde, vozes espectacularmente bem coladas e projectadas, do melhor que já se viu porque ouvir é mais complicado, e o publico gostou tanto que até bateu palmas. Desligada a luz do farol, o Biscoso toma as rédeas à actuação e tenta mandar umas piadas para o publico animar, mas sem grande sucesso (o problema era mais o emissor das piadas, julgo eu), seguidamente tivemos o Canecão a dedicar uma música à vizinha do Kusturica e ao seu “Prof” que era também director do mestrado. E não é que ele continua a dar-lhe bem no ‘Lá Longe’ deve sentir-se nostálgico, antigamente era isso que sentia o seu colete em relação ao seu calo sexual. Mas o público era muito exigente e o que queria mesmo era animação, então foi preciso tirar o pito da cartola (atenção, cartola não do tricórnio do Moço) e animar o pessoal com o Pito da Maria, esta excelente música portuguesa, o nosso Torradeira pensou que era para fazer uma cabidela então decidiu esvair-se em sangue ao assassinar mais uma pandeireta. Para terminar o Carteiro, onde o SubWoofer esteve impecável, quase que rebentava ao tentar projectar a sua voz, mas com muito controlo lá conseguiu manter a sua voz intacta. Como música de despedida alguns dos elementos brindaram o publico com a nossa Vareira saindo de uma forma mais uma vez muito ordenada do ‘palco’.
Terminada mais uma belíssima actuação, todos os elementos saíram do local com o sentimento de dever cumprido, e VAMOS MAS É COMER .... e como queremos continuar a matar lentamente os nossos fígados, só havia um local onde poderíamos reabastecer os nossos níveis de álcool e colesterol, o Maracanã, como prato principal Super-Bock e a acompanhar, a bela da francesinha com batata-fritas com “algum” óleo. Acabado este belo repasto, lá começamos nós na cantorias com belas versões de várias musicas, sendo que a que sobressaiu foi a versão da Musica – Filhos da Madrugada.
No final da noite, fomos todos foram certamente para casa dormir, até porque o Vitinho já tinha dado há muito tempo
Abraços Gaseanos