Estava numa batalha infernal entre o Bacalhau com Natas e os Filetes de Pescada quando foi-me gentilmente lançado o repto de fazer a crónica da actuação do Jantar contra a Polio. “Moikano és tu a fazer esta crónica” – disse o nosso Almeida Santos.
Cheguei com o Moço à hora marcada e já estava a Tuna toda já sentadinha na sala de jantar, juntamente com todos os restantes convivas do jantar. O Moço, imbuído do espírito “É pra partir tudo” resolve tomar uma vulgar janela como sua e fazer dela o modo de entrar e sair da sala de jantar. Eu resolvo entrar pela porta e deixar o Moço se divertir.
Chegando à sala fiquei pasmado com a quantidade de Tunos presente. É verdadeiramente fantástico como somos solidários com o tema do jantar “Acabar com a Polio”… isso e também o facto do jantar ser incluído na actuação.
Pois bem, estava a tuna entretida entre o 4º e 5º prato quando foi pedido para nós começarmos a tocar. Entre algum esforço lá largamos a sobremesa e fomos tocar. Entramos em grande nível, amarrando o coração do público com as nossas melodias de saudade, de paixão e melancolia. Onde é que anda a Neia da Banda Neia?? O Moço, entre as músicas, anima as pessoas demonstrando os seus dotes vocais (qualquer coisa entre uma vuvuzela e uma varina a anunciar o peixe) que provocavam um ligeiro arrepio na espinha.
Imediatamente antes da pausa prevista, fizemos uma serenata à representante da câmara municipal no jantar. Mais uma vez a minha capa vez o seu trabalho, protegendo a doce donzela durante a serenata.
Após a pausa para chamamentos superiores, voltamos á cena, actuando agora para uma ampla sala de jantar, pois abriram as cortinas que separarem o nosso jantar dos restantes. Não estava no contracto mas, lá demos o jeito. Mas algo continuava a pairar sobre as nossas cabeças… o que é que as carrinhas da Banda Neia estavam a fazer no parque e porque que não havia convívio entre os artistas que actuavam no mesmo sitio… curioso no mínimo.
Segunda parte exemplar, digna de registo. Toada tuna pimba, a um ritmo incrível. Musicol do mais alto gabarito.
Finda a segunda parte, sentamo-nos nas mesas, tocando músicas avulsas, enchendo o salão cheio de agradáveis notas musicais. Onde é que anda a Neia da Banda Neia??
Tocamos todo o nosso reportório musical, inventamos algumas musicais, ensaiamos grandes Hits tais como o “Cordeiro de Deus” versão africana, ensaiamos varias vezes os Filhos da Maedrugada e percorremos algumas musicas para actuações futuras. Basicamente cantamos tudo que havia para cantar, que sabíamos, que não sabíamos, que inventamos, etc…
Após um grande discurso do Seu Governador de Vila Real da Organização e do Seu Governador Eleito da mesma organização, procedemos ao sorteio da Garrafa, que foi ganha pela Sra dona Edite. Onde é que anda a Neia da Banda Neia??
Finalmente estava na hora de partir mas sem antes assistir ao espectáculo de luz, som e fio dental que a Banda Neia estava a dar no andar de cima, pelo aniversário do Centro Luso Venuzelano. Foi um espectáculo lindo de ser ver, onde se deslumbrava, a espaços, o como a musica popular portuguesa tem cantantes muito boas e digo isto em todos os sentidos possíveis. Ainda tentamos conviver com a Abandoneia quando chamaram as criancinhas ao placo mas, acho que éramos demasiado velhos para sermos crianças e demasiado velhos para as marmotas que andavam no palco a abanar o rabo.
Assim sendo o Moço sai pela janela que lhe vez de porta e deixamos o sitio de actuação. Mais uma vez deixamos corações a bater pelas nossas musicas e avivamos recordações estudantis a pessoas que, pelo menos uma noite, voltaram a sentir e a viver o que é ser estudante. Borga, copos, capas, donzelas e acima de tudo empenho e camaradagem.
Deve ter acabado tudo a fazer um strip, mudando de roupa mesmo ali no parque de estacionamento.
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1 comentário:
Então e a Neia? Falaste com ela ou não? Aí Moikano....que sina a tua
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