quarta-feira, 29 de abril de 2009

Serenata

Boas a todos os Gaseanos (com G grande),

Quero deixar aqui os meus agradecimentos a todo o grupo GAS69 e a todos os elementos que participaram numa grande monumental serenata e que contribuíram para a grande tradição Portuguesa e Latina do toque da Serenata a singelas Donzelas. (também contribuiram para os olhares desconfiados hoje de manhã da vizinhança, .... espero conseguir entrar hoje na garagem sem que algum vizinho aguerrido me barre o caminho com um bastão de basebol)

Aproveito aqui para vos dar a definição de Serenata presente no Wikipédia:

"
Serenata é um tipo de música que abrange trechos musicais de pequena duração, usualmente cantados, tocados à noite, de preferência debaixo de uma janela, e dedicados a donzela(s). Um dos estilos mais marcantes é o das serenatas feitas por estudantes e ex-estudantes universitários. Na tradição portuguesa e latina, existem diversos tipos de grupos musicais que executam este género de acto cultural, com especial relevo para os grupos de fado de Coimbra, para as tunas e para os grupos de serenatas. Esta música costuma ser tocada a alguém que se ama como forma de declaração do seu amor."

Sem qualquer dúvidas que o nosso grupo fez jus à definição. Mas o GAS fez, faz e continuará a fazer muito mais do que a definição diz. Fará e será um grupo de Amizade, de amigos, de alguns bichas, e bebados, mas tudo bons rapazes (e alguns jeitosos também. hum...).

Confesso que já tinha saudades de estar presente numa serenata, apesar de recentemente termos realizado algumas,... mas ontem senti uma mistica diferente, algo no ar, na noite, um mistério, um aperto na garganta, um nervoso no peito, algo incompreensivel que estava a rondar o nosso espirito o nosso canto, algo que transbordou a mente e se declarou como uma marca, um sinal, uma luz, um extase ...uma frase: È HOJE!!!!!.

A Serenata é sempre algo que nos faz vibrar, que nos faz cantar (mesmo não sabendo a letra), que nos faz tocar (mesmo não sabendo os acordes). È realmente algo mágico. 10 anos de existência e posso dizer que considero o GAS69 um grupo fora do normal, excepcional, único e maravilhoso (coração, maravilhoso, lá lá lá)

Foi a primeira Serenata que eu cantei para alguém que amo, a primeira que o Gas69 cantou e participou comigo num momento importante e romântico (e deveras stressante para mim). Foi mais uma partilha, mais um sonho realizado, mais um momento único e bom que o GAS69 me deu e que irei guardar por muitos anos (agora também me estou a lembrar de outros momentos que não consigo esquecer, mesmo que queira, de um conjunto de gajos todos nus a correr na praia à noite.... bem realmente é uma imagem marcante... aquelas coisas a abanar no baixe ventre... ai ai... é marcante).

São momentos como este que me fazem vibrar, que me fazem ir aos ensaios depois de uma semana desgastante, que dão mais sentido à vida, que me dão gozo e alegria e que me fazem dizer do fundo do meu ser

Obrigado.

Serenata de Hoje

Estava eu por aqui a ver os e - mails porcos que vão sendo enviados por pessoas totalmente desconhecidas para o meu e - mail e que eu só depois de muita insistência é que os abro ( quando a minha mulher já está a dormir!! )

Apenas quero manifestar o meu agrado pela forte presença nesta serenata dos mais variados elementos do GAS, apesar de ser a meio da semana e não haver francesinhas nem cerveja...

Não posso contudo deixar passar em branco algumas coisas ditas em casa da PIDE, tais como dissertações acerca de dinheiro ( anus de 1 centimo e anus de 1 euro, e os trocados que restam ), enfim o que vale é que essas piadas ficaram só entre nós e os convidados que lá estavam e se calhar a vizinha também ouviu já que, quando íamos embora, veio cá fora pedir para fazermos pouco barulho pois estava o bébé a dormir ( não deve ter adiantado nada já que a malta continuou a falar e fazer barulho como se não houvesse amanhã )...

O nosso mui estimado e com a mais nobre profissão de todos nós, o ENÓLOGO ( profissional do vinho / insuficiente hepático assalariado ), conseguiu acertar ao dizer que se tratava de vinho do porto, aquilo que a PIDE lhe pos no copo, conseguiu ainda perceber e constatar que o copo por onde bebia esse nectar divino, esteve fechado dentro do armário ( só não conseguiu dizer desde que ano ), o móvel é de madeira e o nosso enólogo está habituado a mobiliário mais recente ( do IKEA talvez ).

Não tenho dúvidas que mais uns minutos e com uma degustação mais aprofundada ele conseguiria dizer se o armário estaria fechado à chave e o nome do carpinteiro que o fez.

A PIDE estava contente, até se manifestou ( é HOJE !!!!!!!! ) no fim da cantoria, portanto espero que o nosso esforço não tenha sido em vão... quando muito, no fim, já na rua, conseguimos sem cantar nada, acordar o bébé da vizinha e realmente é HOJE!!!!!!!, ninguém dorme na vizinhança com a choradeira.....

Estou a escrever isto a estas horas pois eu estou de férias e não tenho de me deitar cedo pra ir trabalhar ao contrário de todos vocês que irão ler isto daqui a umas horas.

Parabéns ao GASde69 por mais esta serenata...

Parabéns a mim, pois quase que não mandei pregos a tocar BANDOLIM......

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Lembrança do Pimenta


Faltam exactamente 20 minutos para as 20h00. Estou a preparar tudo para ir para o Gil reunir-me com todos vocês.

Acabei de chegar do Maracana onde fui a pedido do Sr. Pimenta. Muito misterioso ficou com o meu numero de telefone e lá ligou hoje. Quando lá cheguei deu-me uma pequena lembrança em nome do restaurante e de todo o seu staff, recordando a ligação existente entre o GAS e aquele estabelecimento.

Deixo-vos com uma foto dessa lembrança:





quinta-feira, 23 de abril de 2009

A História do Claudiomiro - (Viagem no Carro do Guronzé)

Creio que me cabe a mim contar a parte da viagem de volta no carro do Guronzé.

Portanto saímos das Caxinas o Guronzé, o Cancioneiro, o Torradeira e eu (Ultimo dos Moikanos). A meu da viagem de volta o Torredeira começa a dar sinais de de fraqueza do estômago. Como ia no banco da frente perguntei ao Cancioneiro qual era o estado do Torradeira que já se encontrava tombado para a frente, fazendo sons guturais. O Cancioneiro respondeu da seguinte maneira: Nã ele vomitar não est..... XIXXXIIIIIIIIIIIIII tá tudo fodid*!

Com esta resposta do Cancioneiro o Guronzé perdeu a paciência e começou a levantar questões básicas sobre a bebida e o vomito nos estofos. Prontamente paramos o carro em plena auto-estrada para que o Torradeira pudesse por fora mundos e fundos mesmo na berma. Enquanto o Torradeira estava de joelhos na berma, o GUronzé tentava sacodir os tapetes, eu o o Cancioneiro estavamos a fumar um cigarro encostados ao carro, trocando opiniões como era power a policia aparecer. Meu dito e meu feito. Brigada de Transito parada atraz do nosso carro. O senhor guarda pergunta pelo condutot e se sabiamos que não podiamos estar ali parados. O Guronzé assume ser o condutor e que sabia que não podia estar ali parado mas, nos estofos é que não podiamos vomitar. Passados uns minutos, com a moina a assinalar a nossa perigosa presença na via, seguimos viagem para Espinho com escolta policial até as portagens da Maia.

Ainda quisemos deixar o Torradeira em casa mas ele afirmou que queria ir para o Gil. Chegados ao Gil, o Torradeira foi directo para casa. O Guronzé começou numa labuta infernal com material de limpeza de topo para tirar o vomito do Torradeira dos tapetes, do lado do carro e dos vidros. Eu e o Cancioneiro acendemos um cigarro e ficamos a admirar as limpezas automobilisticos. Acho que não falta nada.

A História do Claudiomiro

No outro dia lembrei-me de uma, das muitas, histórias do Paizinho (paz à sua alma). Uma pérola deste GAS. Os factos estão turvos, e algo degradados, por isso peço ajuda para que me ajudem a compô-los.

Numa noite de ensaio, que por acaso calhou à sexta-feira, o Guronzé no final do mesmo virou-se para o pessoal e disse que tinha uma colega de curso que se ia casar, à qual queria fazer uma serenata. É claro que como cavalheiros que éramos (e que somos) e perante tal distinto pedido logo aceitamos fazer a serenata, sem deixar transparecer o mínimo de dúvida perante tal nobre gesto do nosso mui e sempre gentil-homem Gurunzé… pelo menos assim foi nos primeiros 10 segundos, porque depois disso começou tudo a abacalhar a dizer que ele só queria ir fazer a serenata para depois saltar à cueca da boazuda uma ultima vez antes do nó. Assim ficou marcada a serenata.

Passada precisamente uma semana, ou mais, lá nos encontramos todos para rumar à dita serenata. O destino: algures entre Vila do Conde e a Póvoa do Varzim. Enfiamo-nos nos nossos bólides, e lá fomos em caravana. Como sempre, eu era um dos bravos pilotos da campanha, assim tem de ser porque aqui o menino vomita-se todo sempre que anda de carro, que se dirigia até ao dito destino incerto a uma estonteante velocidade de 90km/h em plena auto-estrada, mais uma vez por culpa aqui do menino que parece um velho com artroses e cataratas a conduzir. Mas adiante, que ainda muito falta contar.

Ao longo da viagem fui informado de um pormenor, que francamente desejava desconhecer: a serenata ia ser nas Caxinas! (entra a musica do horror e do terror!!!)
Para terem uma ideia das gentes das Caxinas. Lembram-se do André, do FCP, aquela força arruaceira do meio campo? Caxineiro. Lembram-se do Paulinho Santos, do FCP, aquela força no cotovelo? Caxineiro. Lembram-se do Hélder Postiga? Aquele que não tem corpo nem para apanhar uma gripe, quanto mais uma coça, mas quando fala o chão estremece e o interlocutor fica encharcado com saliva e mijado de medo. Caxineiro.
Ah… Caxinas esses belo lugar de gentes do mar e amigos da porrada, onde todos falam grosso, como se tivesses uma batata na boca, e cospem perdigotos a distancias consideráveis.

Assim que chegamos estacionamos os carros perto da casa da donzela, que pelo andar da carruagem só faltava ter pêlo na venta. De súbito, as persianas levantaram-se e algumas pessoas apareceram, dispersas, na rua outrora deserta. Afinaram-se uma ultima vez os instrumentos enquanto alguns caxineiros curiosos se encostavam às paredes do outro lado da rua, deviam estar a decidir qual de nós iriam espancar primeiro. Alinhamo-nos em frente da casa da moçoila e começamos a cantar a primeira música de três. O Guronzé apressou-se a tocar à campainha porque os transeuntes começavam a mostrar sinais de desagrado e inquietação perante os sons celestiais que nos saíam dos instrumentos e da garganta. Foi então que à porta veio a moçoila, huff… não tinha pêlo na venta. Atrás dela estava um senhor de estatura média, de barriga maciça que olhava para nós enternecido. Aquela simpática figura masculina foi a nossa salvação, assim que apareceu, os transeuntes, que se começavam a mostrar inquietos, acalmaram. Conseguimos então cantar o reportório previsto com a serenidade necessária. Mas a meio de uma das músicas o insólito aconteceu, um carro travou mesmo em frente à casa onde nos encontrávamos e uma cabeça saiu de lá de dentro e brandiu num tom seco e agressivo: “ Oh “Miro” tá tudo bem??!”. Num gesto o doce homem levantou o braço e disse: “Tá tudo Helder!”. Sim, é verdade, era o Hélder Postiga! Sempre pronto prá porrada…

Bem, a serenata decorreu até ao fim sem mais incidentes dignos de registo. No final desta fomos todos apresentados à moçoila e ao seu papá babado, da moçoila não reza a história, mas agora do papá a conversa é outra. O senhor chamava-se Claudiomiro e abriu-nos a porta de sua casa como fossemos família. Tinha uma mesa posta para nós e ofereceu-nos bebida com fartura e qualidade. O nome do senhor gerou estranheza e para ser franco eu até o evitava pronunciar para não o insultar. Passados uns minutos de termos entrado alguém bateu à porta, era o Zé Manel, o GNR, vinha à paisana e era vizinho, um habitué da casa do Claudiomiro. Era sensivelmente da nossa idade e tinha uma barbicha de bode e usava uns óculos à paneleiro. Apresentou-se e logo começou a travar conhecimentos, parecia uma mulher de má fama e boa na cama a arranjar clientela. Passados mais uns minutos bateram novamente à porta, agora sim, era a GNR convenientemente trajada, que vinha mandar vir por causa do barulho, mas o Claudiomiro e o Zé Manel logo resolveram a questão com umas Super-Bocks e a coisa ficou por ali, o barulho pôde continuar.

Com o andar da noite o whisky foi escorregando pela goela abaixo e o Paizinho começou a entrar em acção. Abraçado ao nosso anfitrião começou a tentar dizer o nome do homem correctamente: “Oh Claudioméro, diz-me lá então como é que tu ficaste com esse nome. É que Calimério é um nome muito estúpido.” Ao que o homem pacientemente corrigia para “Claudiomiro”. A cena prolongou-se por algum tempo, sempre com o Paizinho a insistir no “Clauméro”, no “Caliméro”, no “Claudimério”… tudo menos “Claudiomiro”. Até que o Paizinho, farto de não obter resposta levantou um pouco mais a voz e perguntou: “Mas foda-se, mas quem é que foi o filho-da-puta que te pôs esse nome?” ao que o Claudiomiro respondeu com o sorriso paciente: “Os meus padrinhos”. O Paizinho só conseguiu dizer: “Filhos-da-puta! Que nome feio!” Pronto, foi a ruína. Mas o mais curioso é que o homem gostou da franqueza do Paizinho e convidou-nos a todos para o casamento da filha.

Já cá fora, depois de esgotar a garrafeira do homem, que devia ser elevado a santo, o pessoal dispersava na rua deserta. O Torradeira escondia-se na mala do carro e fazia cucu quando a abriam, o Guronzé andava a mostrar àqueles que ainda conseguiam articular um “Ah…” os interiores e as características especiais do seu bólide de competição e o Guro só dizia: “Que puta de bebedeira…”.
Entretanto o Paizinho andava de árvore em árvore, nas traseiras de um cemitério, perto do local da serenata, a ameaçar vomitar, mas sempre vigiado de perto por mim e pelo Canecão não fosse o moço tralhar. Quem não o largava era o Zé Manel, o GNR, que dava palpites daquilo que ele devia fazer e que não devia. Foi então que o Paizinho soltou o primeiro grito de desagrado da noite: “Óh GNR faz-me um bico!”. Foi a loucura. Entre risos e gargalhadas, andava o Torradeira preocupado a perguntar: “Alguém viu a minha camisola?!?!”. Sim, meus caros, o rapaz estava e tinha vindo trajado.

Estava na hora de regressar, e a saudade já começava a apertar, afinal as Caxinas são terra de gente boa e de coração enorme. O Guronzé recusava-se a levar o Paizinho, alegava que ele estava bêbado e que ia de certeza vomitar o bólide de competição todo. Compreensível. Por isso levei-o eu, que ando mais devagar e porque também vomito bastante. Já não trouxe para Espinho o Torradeira, que por troca foi com o Guronzé.

Encostamos o Paizinho a uma das portas, abrimos o vidro e lá veio ele até espinho com a cabeça semi-de-fora. O Caneção ria-se como um perdido dentro do carro e o Paizinho dormia com os cabelos ao vento. A viagem decorreu sem incidentes de maior. Chegados a casa do Paizinho deparamo-nos com um problema, o rapaz não acordava. Dei-lhe um par de chapadas mas ele continuou em sono profundo. Então o Canecão e eu pegamos no moço em peso, entramos em casa (com os país dele quase a acordar, eram já 6h da manhã) e deitamo-lo na cama, tiramos-lhe a roupita e aconchegamos-lhe os lençóis.

O dia seguinte foi terrível, como de costume. Ficamos a saber que o Paizinho tinha vomitado a cama toda durante o sono e ouviu das boas da mãezinha. Ficamos também a saber que o Torradeira não resistiu e estreou os tapetes, os bancos e os plásticos do bólide de competição do Guronzé com um requintado vomitado de whisky.

Ai as saudades destes tempos de insana loucura…

sábado, 18 de abril de 2009

10 Anos e 1 dia

Ora muito bom dia a todos!!!

Hoje o acordar foi muito difícil... De facto a velhice começa fazer das suas e isto já não é como dantes. Mas, é no meio desta ressaca que decidi escrever aqui algumas palavras que ia dizer ontem mas, quando comecei, reparei que havia pessoal com um brilhozinho nos olhos e achei melhor parar.

A história deste grupo, já todos conhecem. As memórias são de cada um e cada um tem esse papel de relembrar esses inúmeros episódios que com o tempo se vão desvanecendo e que é natural. Mas, a única coisa que não se desvanece, é a amizade.

Já aqui se falou dos inícios deste grupo, mas aquilo que vocês não sabem é que este grupo já era premeditado. Sempre foi minha intenção criar algo que juntasse aquelas pessoas que considero amigos. Se não fosse uma tuna, seria outra coisa qualquer. Começamos meia dúzia mas eu sabia que aos poucos se iriam agregar outras mais. Mas não pessoas quaisquer.

Felizmente a vida tem-me proporcionado conhecer pessoas excelentes e é por todos vós serem excelentes que são parte integrante deste grupo. Nenhum de vós está aqui por ser o melhor cantor, ou o melhor executante de um qualquer instrumento. Estão cá porque tenho uma grande consideração por CADA UM de vós. Podemos não ser o melhor grupo de serenatas do mundo, ou a melhor tuna, mas somos sem dúvida, o melhor grupo de amigos do mundo!

Ontem foi um dia fantástico. Já não conseguimos beber um barril de cerveja. Já não conseguimos beber 15 bagaços no Meireles, mas conseguimos ao fim de 10 anos aquilo que se calhar nenhuma colectividade conseguiu: mantermo-nos juntos. Adorei ver o Fundinho, o Xegadarroz, o Jardel presentes e mais do que a sua presença, a alegria. Quase chorei pelos elementos que não poderam estar. O Monstro das Torradas, o Guronzé, o Artista, o nosso Óbelix, o El Mariachi e o Homem-que-mordeu-o-cão. Estiveram presentes na nossa memória.

Ontem queria dar-vos algo de especial. Passei a semana toda a pensar em alguma coisa fantástica. Mas a única coisa que vos posso oferecer é a minha amizade e a minha disponibilidade para este grupo. Muitos dizem que fui eu quem construi isto. Discordo!!! Fomos todos nós!!!

Resta-me desejar a todos os parabéns por 10 anos de convívio saudável e dizer-vos algo que só disse a uma pessoa na minha vida, que por acaso é a minha mulher:

Obrigado a todos por fazerem parte da minha vida!!!!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Obrigado GAS

Estou a escrever esta mensagem a menos de 2 horas da comemoraçãozita do 10 anivérsário.
Hoje de manhã, vá-se lá saber porquê, acordei com um brilho extra nos olhos, depois lembrei-me desta data e fiquei muito mal humorado. E ainda estou. Os nossos jantares são sempre bastante tranquilos, até monótonos, e o de hoje também vai ser de certeza..........Nunca vi muita animação ou boa disposição. Literalmente estes jantares são uma seca, portanto o de uma data como esta ainda vai ser pior.
Quando fui convidado para entrar para o GASde69 fiquei chateadissimo. Só não recusei porque era má educação, e coisa que eu não sou é mal educado......digo eu.....
Aos ensaios vou sempre pela ponta das orelhas. Aturar aquilo não é fácil. Entra tudo mudo, e saem calados. Ninguém fala com ninguém. Ninguém bebe................nem sequer uma mini.
Depois temos de levar com os ensaios dirigidos pelo Sr. Enf.º que tem a mania que percebe muito de música, que canta e toca muito bem e outras barbaridades assim. É um tormento. Quem lhe disse que ele percebia alguma coisa daquilo enganou-o bem enganado, e o problema é que ele acreditou. Adiante.
Pior do que os ensaios só mesmo as actuações. Parece o inferno. Não sei como é ainda não fomos corridos a tomates e ovos podres. A começar pelos instrumentos desafinados e terminando no facto e nunca estarmos todos a cantar a mesma música.......estão a imaginar não estão? Se não estão sorte a vossa pois nunca ouvi coisa tão má. Por isso é que sempre que posso fujo ou invento desculpas para não ir.

O meu azar é que só aturo isto à um anito e pouco.........e como já perceberam, isto é tudo precisamente o oposto, e é para mim um enorme privilégio fazer parte deste fantástico grupo.
Obrigado Gas e um grande, mas mesmo mesmo grande F R A

Parabens GAS

A todos que fazem ( a todos, mesmo aqueles que não têm vindo aos ensaios nos últimos anos) muitos parabens.

10 anos já fazem uma história rica. A caminho da Trintuna.

Parabéns GAS

terça-feira, 14 de abril de 2009

História do GASde69

Os acontecimentos aqui relatados há muito que foram passados, como tal é normal que não se tenham sucedido assim tal e qual. Peço a todos que os viveram que me corrijam, é que isto da memória já não é o que era… também ela faz parte da história.

Corria o ano de 1997 ou de 1998, já não sei… E foi um ano afoito, pois nele foi criada a famigerada ABSTUNENCIA, a tuna mista da paróquia de espinho. Um espaço onde cabia a brejeirices dos moçoilos e a sensibilidade das moçoilas. Mas o tempo encarregou-se de fazer o que o bom senso teria feito se tivesse existido no início: Decretou-se o fim da Abstunência! Aleluia! (cantado).

Bem, mas como a mais bela flor pode nascer da mais asquerosa bosta, com o fim da Abstunência uma pequena semente germinava silenciosamente nas cabeças e nos corações de alguns dos ex-abstunêncios. A ideia começava a ganhar forma e a vontade começou a ser forjada, era urgente criar uma tuna apenas de gajos, perdão, uma tuna masculina. Feita para encantar as donzelas, sem cotas para elas.

Alguns começaram então a juntar-se para cantar serenatas e encantar sob o luar as suas donzelas. Deste grupo inicial conta-se o Guro, o Boquinha-Linda, o Pide, o Monstro-das-Torradas e o Homem-Que-Mordeu-O-Cão.

Na noite de 14 para 15 de Março de 1999, por ocasião da festa de ânus do Boquinha-Linda, o Guro, o Pide e o Homem-Que-Mordeu-O-Cão, resolveram fazer a primeira (e espera-se que última) serenata a um mamífero com apêndice fálico, uma serenata romântica ao Boquinha-Linda. Poucos minutos antes da meia-noite estes três intrépidos tunos alinharam-se sob a janela na esquina da rua 31 com a rua 18 e começaram a cantar “Só um beijo”, cantaram a musica inteira e ninguém veio à janela… que vergonha. Tocou-se finalmente à campainha e a janela abriu-se. Uma careca mais luzidia que a lua cheia apareceu e um sorriso torto os encantou, era o Boquinha-Linda, ainda com vestígios de bolo de chocolate nos beiços. Cantaram novamente “Só um beijo” e promessas de amor eterno voaram na direcção deles. Entretanto o mafarrico desceu as escadas e juntou a eles, para cantarem mais duas músicas à senhora sua mãe, a Sra Dona Regina. No final subiram, como é óbvio, para se deliciarem com as guloseimas culinárias da chefe Regina e provar (repetidamente) o Porto oferecido para a ocasião. Nessa noite, sentados entre as cadeiras e os sofás da sala do Boquinha-Linda falou-se de muito e as ideias começaram a sair. A semente já não mais o era, era já uma planta que rebentava viçosa entre os grumos da imensa massa de bosta.

Passados uns dias, o Obelix, informou o Boquinha-Linda que o António, o namorado da avantajada Sónia, aquela que deu origem à publicidade da Trinarnajus (ver em: http://www.youtube.com/watch?v=8avbKvk5zkY), queria fazer-lhe uma serenata, o motivo já não me recordo, mas era um destes ou ela fazia anos ou ele querias que ela fizesse ânus. Ora bem, a malta queria era copos e motivos para os copos, por isso toca a ir. Juntamo-nos todos no dia 16 de Abril de 1999 no Zé Carlos, subimos ao andar de cima e começamos a ensaiar umas músicas e a beber umas receitas e acabamos a beber umas músicas e a ensaiar umas receitas. Tentou ensaiar-se o António mas o rapaz era demasiado dotado para a música, ficou decidido que ele fazia a parte mais difícil: dava o beijo apaixonado no final. O reportório era simples, mas eficaz, “Só um beijo”, “Meia noite ao luar” e “Linda Donzela”, iam ser três secos. Perto da meia-noite seguimos viagem para casa da Sónia, que era loooooge… era atrás da igreja de Silvalde. Foi limpinho, ao fim da primeira musica já os olhos Sónia brilhavam e o sorriso aquecia a noite fria. Mas isso ninguém viu, contou-nos depois o António, porque a malta andava a passear os olhinhos por outras partes da Sónia.

Findo o maravilhoso recital rumamos todos (todos menos o António que ficou a retirar dividendos junto da sua amada) até ao Mar-Doce onde nos esperavam frescas e douradas canecas de cerveja, patrocinadas pelo… António.
Sentamo-nos à mesa sete. O Guro, o Boquinha-Linda, o Pide, o Monstro-das-Torradas, o Homem-Que-Mordeu-O-Cão, o Obelix e o Claudicador. Capas negras cobriram os tampos das mesas cinzentas e chamuças fresquinhas, fritas há três dias, saltitavam alegremente dos pratinhos para a boca, entre goladas de cerveja fresca que anestesiavam a goela. Não me recordo ao certo do rumo da conversa, mas estou certo que após se terem comentado repetidamente até à exaustão os seios da Sónia, o tema encalhou na necessidade de se criar um grupo que explorasse as nossas qualidade musicais e nos providenciasse um espaço de lazer, onde os nossos laços de amizade pudessem ser fortalecidos e desenvolvidos. É claro que não foi com estas exactas palavras, afinal de contas estava tudo grosso e a língua que já emperrava só se soltava á custa de um palavrão ou outro. Ficou então decidido que estava criado o Grupo Académico de Serenatas de Espinho. Os estatutos foram acordados verbalmente, não eram mais que dois ou três pontos, dos quais só me recordo de um. Apreciem lá a relíquia:

“É estritamente proibido faltar aos ensaios, nem sequer por causa da namorada. A única excepção é no caso dos pombinhos se terem zangado e de estarem na hora do ensaio a fazer as pazes ou a tentar sanar a situação.”

É ou não é um doce?! (o nosso mui nobre estatuto: "no minimo como o Guro" apareceu mais tarde)
É então que no televisor (ainda não haviam plasmas naquele tempo e os telemóveis eram uma curiosidade rara) começam a passar imagens da revolução estudantil de 1969 em Coimbra. Os nossos olhos ficaram vidrados na caixa mágica, onde vimos outros, que poderíamos ser nós, a darem a cara por uma causa muito maior. Resolvemos honra-los e acrescentar ao nosso nome o “69”. Assim ficou GASde69.

O resto… bem o resto é história. Lembro-me que no dia seguinte acordei com uma dor de cabeça descomunal por causa do raio das chamuças. Só pode ter sido as chamuças, eu mal bebi.

Peço desculpa a todos aqueles que esperavam uma crónica exacta e séria da história do GASde69, mas o que é facto é que foi exactamente assim que tudo se passou. Bem, pelo menos foi mais ou menos assim.


Um abraço a todos os gaseanos e parabéns a todos nós.

PS: Para salvaguardar potenciais susceptibilidades recordo que todos os factos qualitativos e subjectivos aqui relatados são o produto da minha opinião pessoal.

domingo, 12 de abril de 2009

A Crise Académica de 1969

Dia 17 de Abril é um dia muito especial para o GAS por ser a nossa data de nascimento. Há 10 anos atrás (17 de Abril de 1999) um grupo de amigos juntou-se para cantar uma serenata à namorada de um amigo de alguns deles. Assim surgiu esta entidade que nos une e nos mantém juntos ao longo destes anos todos.
Precisamente 30 anos antes desse dia, outros estudantes lutavam pela liberdade que sempre tivemos, para podermos fazer as nossas brincadeiras improvisadas em palco, as nossas festas boémias que duram até de manhã, as palhaçadas todas que fazemos em plena rua (ou praia) e a liberdade que temos de ter as nossas conversas acaloradas sobre o estado do país, da economia, da "Lei do Tabaco", etc.

A essa luta chamou-se a Crise Académica de 1969.
Somos todos novos demais para percebermos a coragem que foi precisa para fazerem o que fizeram, e eu não tenho nem competência nem conhecimento para relatar o que foi feito.
Por isso mesmo gostava de citar um interveniente que esteve de facto na linha da frente da Crise, Osvaldo Castro.
À época Vice-Presidente da Direcção-Geral da Associação Académica de Coimbra, Osvaldo Castro é hoje deputado democraticamente eleito para a Assembleia da República Portuguesa.





"Em 17 de Abril de 1969,faz hoje 39 anos, os estudantes de Coimbra desencadearam uma luta académica que se prolongou até Novembro desse ano. "Luto"(eufemismo para greve) a aulas, posteriormente, a exames, com adesão de 86% dos estudantes,e encerramento da AAC pelo poder ditatorial da época.E muitos processos disciplinares e criminais contra os principais dirigentes e inúmeras prisões de jovens rapazes e raparigas... e, finalmente, incorporação compulsiva no exército(estávamos em plena guerra colonial) de 49 estudantes dos mais destacados.
Pela primeira vez no decurso do fascismo, o poder autoritário foi forçado a retroceder perante um movimento associativo estudantil.Caíu o Ministro da Educação(o inefável J. Hermano Saraiva), o Reitor e o Vice-Reitor da Universidade, e o governo da ditadura sentiu-se forçado a amnistiar e extinguir os processos desencadeados contra centenas de estudantes.
Na fotografia,o Vice-Presidente da Direcção-Geral da AAC,o subscritor deste "post", dava conta aos estudantes, da prisão, durante a madrugada de 17 de Abril, do Presidente da AAC, Alberto Martins, que ousara cumprir uma decisão estudantil, a de pedir para usar da palavra, em nome dos estudantes de Coimbra, perante o Chefe de Estado da ditadura, Américo Tomás...
Foi a confusão generalizada entre os altos dignitários da ditadura...Aí começou o maior movimento de solidariedade e criatividade de jovens estudantes universitários, em Portugal...
Permitam-me recordar aqui a coragem de todos os estudantes de Coimbra que participaram nessa luta e não esquecer alguns dos principais dirigentes,além dos referenciados.Um abraço para a Fernanda Bernarda, Celso Cruzeiro, Matos Pereira, Gil Antunes, José Salvador, Rui Namorado, Strecht Ribeiro, Carlos Baptista, José Manuel Roupiço, Pio Abreu, Décio Freitas, Carlos Fraião, Isabel Pinto, Fernanda Campos, Guida Lucas, Filomena Delgado, Fátima Saraiva e tantos outros que nunca esqueceremos.A nossa saudade sentida para os Profs. Orlando de Carvalho e Paulo Quintela,Barros Moura, João Amaral,Sardo, Clara Antunes, Manuela Seiça Neves , Garcia Neto e outros que partiram cedo demais."

Osvaldo Castro, in Praça Stephens


Por se completarem 40 anos do início da Crise Académica de '69 no mesmo dia que completamos 10 anos como GAS, queria deixar aqui uma homenagem aos que com a sua luta conseguiram que pudéssemos ser ainda mais unidos pelo respeito que temos pela diversidade das opiniões de cada um.

Aos estudantes de 69, um forte F-R-A!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Actuação em Lousada

Eis alguns momentos da nossa actuação em Lousada. A qualidade dos vídeos não é a melhor mas foi o que se arranjou.

Menina Azul

Pito da Maria

Foi Deus

O teu Segredo

Grito e Adeus Publicuzinho

E para o GAS não vai nada nada nada?!?!!? 

Vídeos do Salão dos Bombeiros no Youtube

Esta foi o Zé Rodrigo que descobriu hoje mesmo.

Alguém na audiência no Salão dos Bombeiros Voluntários de Espinho, gravou três pequenos vídeos do nosso espectáculo e colocou-os no YouTube.

Eu não conheço a autora, que se chama Lívia Gomes, mas queria agradecer a atenção e o artigo que publicou no seu próprio Blog:

Orgulho e Preconceito - Blog de Lívia Gomes

As músicas que escolheu foram as seguintes:

O clássico "Pito da Maria"



"Canção de Embalar" de Zeca Afonso




E a tristeza que foi a interpretação nesta actuação do mítico "Foi Deus"

Blog do GAS

Benvindos ao blog do Gas de 69!

Andamos sempre muito aflitos para partilhar info entre nós e coisas que tais, eu decidi criá-lo.

Agora é começar a publicar coisas.