segunda-feira, 21 de junho de 2010
Crónica do São João do FAS
Juntámo-nos a eles e lá pedimos umas águas daquelas especiais para os acompanhar, entretanto apercebemo-nos que o Canecão também já lá estava. Eis quando senão ouve-se o alerta do Guru “Oh não! Vem aí o Spínola!”
Oh sôtor e enfermeiro e engenheiro e sei lá bem mais o quê, então e aquele alto careca qué um prato, um cangalheiro do caraças? Tá em Lisboa, diz o Moikano. Eu tive de perguntar ao nosso homem, “Ele tá a falar de quem?” “Sei lá!” responde-me ele. Pergunta posterior à do cangalheiro (fosse ele quem fosse estava em Lisboa), “E os sôtores vão actuar aonde sôr Enfermeiro?” ouve-se a resposta pronta e sem hesitações do Canecão “Na Escola Gomes de Almeida, a antiga Escola Industrial”, “aaaaaaaaaaaah e é pra toda a gente ver?” responde logo o Guru “é, mas paga-se”…
Estávamos nós nisto e chega o Cangalheiro! “Olha ele! Afinal eu disse que era careca e ele é cabeludo!” O cangalheiro pelos vistos era o Moço, que pelos vistos é cangalheiro e um prato e nalgum ponto da sua vida académica deve ter sido careca… Seguiu-se uma sessão brilhante de anedotas por parte do ilustre emplastro. Entre o imperceptível e o sem piada absolutamente nenhuma, lá foram chegando mais elementos do GAS.
A ver se o homem desertava lá fomos nós para dentro fazer de conta que estávamos muito interessados no Camarões – Dinamarca. O homem decidiu que implorar por um fadinho para ele próprio cantar era bom método para nos convencer a aturá-lo… vai daí mói a paciência a toda a tuna, até que um final e decisivo “não há violas” da parte do Guru o fez despedir-se e desejar boa sorte. Tudo mais calmo começamos a pagar a conta pra ir embora… chega o Michael Knight com a sua guitarra e ouve-se logo o grito de vitória “Está aqui um violão!”, mas o Guru estava brilhante na defesa e afirmou que só tinha quatro cordas… o homem finalmente desertou!
Já todos fora do café América prontos para irmos embora, vemos ao longe o sr. Engenheiro Biscoso a estacionar o carro com o Spínola perigosamente perto… tememos muito pelo que poderia significar tal encontro… mas o nosso homem como biscoso que é conseguiu escorregar rapidamente de tão caloroso cumprimento!
E agora começa a parte do S. João propriamente dita!
Avançámos para o Salão Paroquial de Espinho em conjunto e com uma táctica relativamente desorganizada (avançada durante a qual fui incumbido de escrever este texto pelo Almeida Santos), mas rapidamente, e com o auxílio das três formosas moças que acompanhavam dois formosos rapazes e um moço, tivemos uma bela entrada em jeito de Rusga de S. João. Ah, que belos arcos de S. João fazem as capas negras!
Lá entrámos e fomos dirigidos à mesa que nos estava reservada… tratou-se logo de colocar as capas a servir de toalha de mesa, tal como é da praxe! O Moikano como senhor muito académico que é colocou de imediato a sua capa na mesa, mas o GAS queria mesmo era uma toalha novinha em folha, e foi exigido ao Cuequinha Preta que apresentasse a sua nova capa (que vergonha!), para que pudesse ser baptizada! O homem prontamente acedeu já que estava feliz por não andar com a capa “traçada”. O baptismo demorou pouco, em breve tinha cerveja por ela espalhada bem como o maravilhoso cheirinho da bela Sardinha assada… o Moikano, levou por tabela sem ter culpa nenhuma!
No entretanto o Guru volta da torneira de cerveja com duas cervejas e uma vontade imensa de mostrar os seus dotes de equilibrismo! Provou por demonstração simples que é possível beber por dois copos ao mesmo tempo, sem entornar cerveja e levando apenas um deles à boca! A descrição é difícil de fazer, pelo que peço ao nosso Sinhor Inginheiro Biscoso que Mordeu o Cão, que desenhe um esquema!
Estava tudo com fome e as meninas da organização lá fizeram por trazer bifanas sardinhas e salada (ou selada?) . Como tínhamos direito a duas bifanas e havia muitos meninos que num gostam de peixinho porque tem espinhas, lá foram efectuadas algumas trocas de cartões entre os meninos e meninas que têm medo das espinhas, e os homens que acham que “no S. João sardinha gorda pinga no pão!”
Houve diversas propostas feitas a um jovem esguio e elegante, que é fã de comida para trocar as faninhas por sardinha assada, após negociações com um lado da mesa, do outro lado apareceu uma proposta relâmpago e a troca foi feita. Vai daí esse jovem apessoado esguio e elegante, resolveu dar uma de jovem culto e em homenagem a Saramago disse um palavrão enorme que nem ele deve saber o que significa, mas prá posteridade foi mais ou menos isto ”Oh Jorge devias ter sido mais lesto, pá!”
Como o Moço estava com o gás todo desde que chegou e até muito depois de ir embora, lá se conseguiu fazer com que o Boquinha largasse o bandolim e fosse comer qualquer coisinha e, com o nosso Justiceiro e o Gigan Tone, tocou umas músicas giras enquanto o povo ia cantando… “Eu sou natural de Xuxas…” e uma tal de “Deixa-me ir mais tu” e outras que tais.
O Sub-Woofer não quis ficar atrás do Moço e pegou numa guitarra e deu um pequeno show ao trinar as cordas do instrumento. O Moikano decidiu-se pelo trabalho de relações públicas, e tirou fotos com todas as mesas da festa, espalhando charme académico por todo o arraial. O Guru continuava com o seu espectáculo de equilíbrio de líquidos, a Torradeira descobriu que existe uma palavra antiga que é “apuleia” (já sabes o que é, num é?), e o moço esguio e elegante decidiu calar-se com as parvoíces de português mais carote e investir na comidinha, enquanto o ex-Capa Traçada, o acompanhava comendo broa de milho!
Andávamos nós nesta imensa azáfama quando nos pediram para cantarmos umas musiquinhas. E nós lá fomos!
Começámos com um sério e propositado Farol, a que se seguiu o nosso belo reportório mais rapioqueiro animando a festa e recebendo aplausos da assistência. De notar o momento alto que foi quando a Dami (que vai mais aos ensaios que alguma malta da tuna) cantou connosco a Menina Azul. Já quase no final, e a pedido de parte da organização, cantámos a Madalena, em versão “Tuna mista” (como as tostas), que correu… por lá fora como se não houvesse amanhã!
Como a actuação e o Arraial tinham a ver com a ida de voluntários do FAS para S. Tomé e Príncipe, a pedido da organização, cantou-se uma versão dos Contentores com uma letra apropriada à dedicatória. Foi o delírio da multidão!
Terminámos a nossa actuação com a espinhense “Vareira”, durante a qual o suposto ponto (eu), enganou a malta e trocou a letra! Mas nem saiu nada mal!
Para o final da festa estavam reservadas mais umas cervejolas e um belo espectáculo de lançamento de balões de S. João, no qual houve a preciosa intervenção do GAS por parte do Moikano e do Sub-Woofer! Verdade seja dita que o que eles não tocaram foi o que ardeu sem voar… Ah Tuna!
Os resistentes Sub-Woofer, Cuequinha/ex-Capa Traçada e Almeida Santos, ainda ajudaram a arrumar mesas e cadeiras... mas como recompensa tiveram direito a 15 L de cerveja à sua disposição.
A festa terminou com o já tradicional “strip” e debandada da malta!
terça-feira, 15 de junho de 2010
Actuação Jantar contra a Polio
Cheguei com o Moço à hora marcada e já estava a Tuna toda já sentadinha na sala de jantar, juntamente com todos os restantes convivas do jantar. O Moço, imbuído do espírito “É pra partir tudo” resolve tomar uma vulgar janela como sua e fazer dela o modo de entrar e sair da sala de jantar. Eu resolvo entrar pela porta e deixar o Moço se divertir.
Chegando à sala fiquei pasmado com a quantidade de Tunos presente. É verdadeiramente fantástico como somos solidários com o tema do jantar “Acabar com a Polio”… isso e também o facto do jantar ser incluído na actuação.
Pois bem, estava a tuna entretida entre o 4º e 5º prato quando foi pedido para nós começarmos a tocar. Entre algum esforço lá largamos a sobremesa e fomos tocar. Entramos em grande nível, amarrando o coração do público com as nossas melodias de saudade, de paixão e melancolia. Onde é que anda a Neia da Banda Neia?? O Moço, entre as músicas, anima as pessoas demonstrando os seus dotes vocais (qualquer coisa entre uma vuvuzela e uma varina a anunciar o peixe) que provocavam um ligeiro arrepio na espinha.
Imediatamente antes da pausa prevista, fizemos uma serenata à representante da câmara municipal no jantar. Mais uma vez a minha capa vez o seu trabalho, protegendo a doce donzela durante a serenata.
Após a pausa para chamamentos superiores, voltamos á cena, actuando agora para uma ampla sala de jantar, pois abriram as cortinas que separarem o nosso jantar dos restantes. Não estava no contracto mas, lá demos o jeito. Mas algo continuava a pairar sobre as nossas cabeças… o que é que as carrinhas da Banda Neia estavam a fazer no parque e porque que não havia convívio entre os artistas que actuavam no mesmo sitio… curioso no mínimo.
Segunda parte exemplar, digna de registo. Toada tuna pimba, a um ritmo incrível. Musicol do mais alto gabarito.
Finda a segunda parte, sentamo-nos nas mesas, tocando músicas avulsas, enchendo o salão cheio de agradáveis notas musicais. Onde é que anda a Neia da Banda Neia??
Tocamos todo o nosso reportório musical, inventamos algumas musicais, ensaiamos grandes Hits tais como o “Cordeiro de Deus” versão africana, ensaiamos varias vezes os Filhos da Maedrugada e percorremos algumas musicas para actuações futuras. Basicamente cantamos tudo que havia para cantar, que sabíamos, que não sabíamos, que inventamos, etc…
Após um grande discurso do Seu Governador de Vila Real da Organização e do Seu Governador Eleito da mesma organização, procedemos ao sorteio da Garrafa, que foi ganha pela Sra dona Edite. Onde é que anda a Neia da Banda Neia??
Finalmente estava na hora de partir mas sem antes assistir ao espectáculo de luz, som e fio dental que a Banda Neia estava a dar no andar de cima, pelo aniversário do Centro Luso Venuzelano. Foi um espectáculo lindo de ser ver, onde se deslumbrava, a espaços, o como a musica popular portuguesa tem cantantes muito boas e digo isto em todos os sentidos possíveis. Ainda tentamos conviver com a Abandoneia quando chamaram as criancinhas ao placo mas, acho que éramos demasiado velhos para sermos crianças e demasiado velhos para as marmotas que andavam no palco a abanar o rabo.
Assim sendo o Moço sai pela janela que lhe vez de porta e deixamos o sitio de actuação. Mais uma vez deixamos corações a bater pelas nossas musicas e avivamos recordações estudantis a pessoas que, pelo menos uma noite, voltaram a sentir e a viver o que é ser estudante. Borga, copos, capas, donzelas e acima de tudo empenho e camaradagem.
Deve ter acabado tudo a fazer um strip, mudando de roupa mesmo ali no parque de estacionamento.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
S. Joao
So para avisar que vou ai para ao S. Joao. Vou com uns amigos, mas de qualquer forma era bom podermo-nos juntar e malhar uns canecos. Chegamos no dia 20, Domingo, por volta do meio-dia.
Na sexta-feira seguinte ha ensaio? E onde? Eles disseram que gostavam de assistir, por isso se fosse possivel era optimo. E talvez uma serenata a donzela. Depois eu explico.
Em relacao ao S. Joao, tambem seria optimo se pudessemos organizar alguma coisa. Mas no Porto, porque foi a principal razao que os levou a ir ai. Festa... :) Tambem conhecemos ontem uma rapariga dinamarquesa que por acaso vai estar no Porto nesse dia, e vamos tentar combinar qualquer coisa com ela.
Outra coisa: alguem sabe onde e mais barato alugar um carro por 3 dias? Tenho de ir buscar o meu Golf a Seia, mas so na quinta-feira, de maneira que preciso de um carro ate la. Se alguem souber de alguma coisa que me diga, por favor.
Vao dizendo coisas! E se precisarem de alguma coisa daqui avisem ate sexta!! Droga e pegas nao!
Grande abraco!!
Monstro
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Crónica de uma actuação muito fixe
Ora bem, depois do repto lançado por um jovem um tanto ao quanto Biscoso, que para além de tentar tocar guitarra, tenta fazer umas cenas com umas facas e com as mãos(deve pensar que vai ter sorte com as gajas) aqui está mais uma extraordinária, fabulosa, vá ...... mediana crónica, de mais uma espectacular, divertida(para nós pelo menos) e sangrenta (perceberão mais tarde) actuação deste mui nobre Grupo Académico.
Passavam uns minutos da hora marcada, quando cheguei ao local de encontro, o café América, na esplanada desse belo café, estava já sentado o Moikano acompanhado de um jovem. Dada a hora e a sorte de nesse belo dia ter estado um calor do cara...ças, aquilo que nós queríamos era alguma distância das nossas belas capas, então decidi pousar as capas numa cadeira que por azar, só por azar, estava ao sol e aproveitar a bela sombra. Até que da minha direita vem um pedido Sui generis feito pelo Moikano, “por favor põe a minha capa na sombra, senão desbota”. Entretanto os restantes elementos começam a chegar, o jovem que estava ao lado do moikano achou que já estava a mais e qual Super-Homem qual quê entra no seu automóvel e transforma-se em Guru. Pelo meio o pessoal iria matando a sede, com água de cevada devidamente gaseificada e alguns mais panisgas com líquidos que enferrujam o corpo de um tuno, e a fome com um belos moletes ou panikes preparados com tanto amor e dedicação que demoravam sempre 10 minutos a chegar.
Depois de bem lanchados e já muito ligeiramente bebidos, lá fomos nós a caminho de Valadares, local da actuação IESF. Uma viagem calma e tranquila, afinal de contas ainda nem 20h eram e já se sabe que o Biscoso não gosta de velocidades, por isso demoramos quase 60 minutos a chegar ao local, enquanto o resto do pessoal já desesperava à nossa espera.
Chegados ao local deparamos com algumas donzelas na porta da entrada (viemos a saber que são da secretaria e escolhidas quase a dedo e bem escolhidas) e quase que era logo ali uma serenata (ou será que sonhei), o anfitrião – cunhado do cuequinha preta – encaminha-nos para uma zona perto do local da actuação, uma sala extraordinária, com uma acústica excelente, muito ar puro e onde vez enquanto sentimos um certo cheio a comida que nos abria o apetite. Lá estivemos a ensaiar(ou não) enquanto esperávamos o sinal do anfitrião para dar-mos inicio à actuação.
3..... 2.... 1...... GO GO GO GO
E lá fomos nós para o ‘palco’ sempre muito bem organizados, fez-se algum silêncio na sala e lá começamos nós com o Farol, logo aí notou-se que o GAS estava fortíssimo nessa tarde, vozes espectacularmente bem coladas e projectadas, do melhor que já se viu porque ouvir é mais complicado, e o publico gostou tanto que até bateu palmas. Desligada a luz do farol, o Biscoso toma as rédeas à actuação e tenta mandar umas piadas para o publico animar, mas sem grande sucesso (o problema era mais o emissor das piadas, julgo eu), seguidamente tivemos o Canecão a dedicar uma música à vizinha do Kusturica e ao seu “Prof” que era também director do mestrado. E não é que ele continua a dar-lhe bem no ‘Lá Longe’ deve sentir-se nostálgico, antigamente era isso que sentia o seu colete em relação ao seu calo sexual. Mas o público era muito exigente e o que queria mesmo era animação, então foi preciso tirar o pito da cartola (atenção, cartola não do tricórnio do Moço) e animar o pessoal com o Pito da Maria, esta excelente música portuguesa, o nosso Torradeira pensou que era para fazer uma cabidela então decidiu esvair-se em sangue ao assassinar mais uma pandeireta. Para terminar o Carteiro, onde o SubWoofer esteve impecável, quase que rebentava ao tentar projectar a sua voz, mas com muito controlo lá conseguiu manter a sua voz intacta. Como música de despedida alguns dos elementos brindaram o publico com a nossa Vareira saindo de uma forma mais uma vez muito ordenada do ‘palco’.
Terminada mais uma belíssima actuação, todos os elementos saíram do local com o sentimento de dever cumprido, e VAMOS MAS É COMER .... e como queremos continuar a matar lentamente os nossos fígados, só havia um local onde poderíamos reabastecer os nossos níveis de álcool e colesterol, o Maracanã, como prato principal Super-Bock e a acompanhar, a bela da francesinha com batata-fritas com “algum” óleo. Acabado este belo repasto, lá começamos nós na cantorias com belas versões de várias musicas, sendo que a que sobressaiu foi a versão da Musica – Filhos da Madrugada.
No final da noite, fomos todos foram certamente para casa dormir, até porque o Vitinho já tinha dado há muito tempo
Abraços Gaseanos